quinta-feira, 14 de abril de 2011

gunslinger


No meio da guerra, do caos e da destruição haverá um homem. Um ser humano de carne e osso e com sentimentos. Um sangue-frio, calculista, embora com sentimentos. Sentimentos que o faz voltar para casa. Isso só podia significar que ele tinha um coração.

Um pistoleiro tecnicamente tem de ser um homem sem coração. Capaz de tudo por uma recompensa, sem medir esforços para conseguir seus objetivos. Embora um dia haverá aquele que matará por justiça. Lutará por um mundo melhor, matando, destruindo e acabando com todo mal. Aquele que lutará por amor.

Um ser que não demonstra o que sente, ora para não se tornar vulnerável, ora por ser um pistoleiro, alguém que tem uma reputação a seguir. Um pistoleiro nunca, jamais e nunca deverá demonstrar sentimentos.

Mas como alguém tão frio e tão calculista pode amar alguém? A explicação é simples: ele tem um coração. Um órgão especial, não só por bobear o oxigênio e manter o corpo funcionando, mas por bater mais forte por algo. Algo forte demais para se manter longe, algo que o atrai contra sua vontade. Um sentimento que age por conta própria. O amor.

Não importa o que somos, a distância que nos separa daqueles que amamos. O amor prevalece. O sentimento mais verdadeiro de todos. Que atravessa distâncias impossíveis e diferenças improváveis.

As estrelas na noite, elas me emprestam sua luz p
ara me guiar para perto do paraíso com você. (Gunslinger - Avenged Sevenfold)

Até mesmo aqueles que atravessam os limites da vida, não estão imunes de sentimentos. Haverá um pistoleiro que matará em séries e intensamente por amor... O amor nos redime independente do que somos.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

the catalyst


No mundo em que vivemos é comum termos medo. Medo de fazermos escolhas erradas, medo de sairmos de casa, medo de viver. Deus abençõe a todos nós, nem todos somos culpados de como o mundo está hoje, embora a maior parcela de culpa seja de nós mesmos, os seres humanos. Foram nós que começamos com essas devastações inúteis, desmatamento em massa, destruição, fumaça e concreto. Talvez se não tivéssemos, para inicio de conversa, nós colocado contra a natureza ela não estaria hoje devolvendo tudo que mandamos para ela, invertendo a posição do gatilho.

Estamos sendo levados à ruína pelas nossas próprias atitudes. O ser humano está a caminho da destruição por sua falta de visão de um todo. Uma falta de concientização e de pensamento no futuro que está nos corrompendo. Não podemos deixar isso acontencer, podemos reverter a situação. O mundo precisa de um catalisator, algo que filtre todas as impurezas dos erros dos humanos.

Às vezes fecho meus olhos e penso: "Será que o mundo ainda tem jeito?" Vejo bombas, sangue, horror e destruição. Memórias em decadência fria e cinza, memórias de um mundo que um dia foi bom para viver, um mundo longe do que vivemos, onde oceanos sagram em direção ao céu. E é despertando de pesadelos como esse que paro e penso: Não podemos ser superados, não podemos ser dominados, não podemos ser vencidos. Temos que lutar contra essa premonição.

Sei que estamos pagando pelos pecados de nossos ancestrais, queimando. O aquecimento global está fazendo do mundo uma panela de pressão gigante a ponto de explodir. Temperaturas elevadas, numa escala cada vez mais alta. Estamos queimando, sob mil sóis, pelos pecados de nossos pais, de nossos jovens e de nós mesmos.

E quando eu fechar meus olhos essa noite quero acreditar que tentei concientizar as pessoas, antes que elas queimem num fogo de mil sóis.

(análise The Catalyst, Linkin Park, A Thousand Suns)