E nos céus, tudo escuro. Na terra, catástrofes. Maremotos, terremotos, furacões, destruição. O mundo acabando em um piscar de olhos. O mundo (im)perfeito que homem tanto custou a construir está evoluindo para a destruição. Os sinais estão claros, cada vez mais poluição, a camada de ozônio desaparecendo, o planeta está morrendo. E os humanos são os maiores responsáveis.
Todos sofrendo por atos inconsequentes e irreversíveis, sofrendo por ações mal pensadas e que nunca poderão ser consertadas. A culpa será de todos, desde o menor índice de poluição ao maior ato de devastação. No mais profundo da nossa alma, talvez no nosso subconsciente, sempre saberemos que nossas ações podem ter resultados terríveis, mas quem disse que escutamos nossa alma, nosso coração ou nosso consciente? A gente nem percebe que ele existe até o momento que a situação chegou ao extremo e ele fica jogando na nossa cara: "Eu sabia, eu tentei te avisar...". E quando chega ao ponto que não podemos nos corrigir ouvimos nossa voz interior dizendo que tivemos o que merecemos...
E há ainda aqueles que não percebem o erro que cometeram, nem depois de tudo acabado. Procuram onde erraram mas o vazio é o que encontram. E esses se atormentam pelo resto do que ainda há de vida, mas esses também são aqueles que acreditam numa escapatória. Aqueles que se rendem aos erros não merecem uma segunda chance. Eles só merecem a redenção eterna.
Essa redenção é acabar como esse mundo, destruído por si próprio. Afogado em suas mentiras, perdido em cada erro. E atormentar aqueles que acreditam em uma segunda chance, tentar levar os crédulos a se perder como eles. Perder como o mundo em que vivemos, destruídos por seus erros. Erros grandes demais para esconder.
Mas os crédulos, sem respostas, perdidos em dúvidas, teram sua segunda chance. A chance de se redimer, a chance de não se perder como os outros, a chance de mudar o mundo. Criado em uma nova divisão.